Resumo da reunião de Concelho de representantes

Reunião de Conselho de Representante no dia 18/01/2017, na sede da AMIAMSPE.

Participantes: Dr. Gerson (presidente); Dr. Lilia (secretaria), Dra. Nair (Lab. Clínico), Dr. Fábio (Gastro-cirurgia), Dr. José Eduardo Gobbi (Obstetrícia), Dr. Fernando (A.D), Dr. Tsutomu (Hematologia), Dra. Mildred (SEESMT), Dra. Eliza (Ginecologia/Obstetrícia).

Dr. Gerson: Primeiramente é preciso lembrar que nós vivemos hoje uma crise no país, uma crise econômica e moral, isso tem desdobramentos nas gestões estaduais e municipais. A Dra. Lilian fez um levantamento muito grande, desde da fundação da AMIAMSPE e percebemos que nós aqui não temos uma visão política da situação a longo prazo. Isso pode ser porque nós temos muita atividade, mas a verdade é que a nossa postura é muito reativa. A partir do momento do fato ter acontecido é que reagimos. Pergunto como sair dessa reatividade? Precisamos discutir. Imagino que cada um de nós pode ter uma ideia. Estamos abrindo a discussão.

Faltas abonadas

Tem a história da falta abonada. Cresce a história que quando o médico pede uma falta abonada ele tem que achar um substituto. Isso na verdade é uma falta compensada.

Liberação para Congressos

Nós médicos temos o direito de fazer os nossos congressos, visto que nós estamos em um hospital escola. Então precisamos nos atualizar. E sermos dispensados para irmos ao congresso é uma dificuldade.

Separação dos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia

Dr. José Eduardo: Houve um decreto que separou os serviços de obstetrícia e ginecologia. Sempre fomos contra. Obstetrícia não dá lucro. Nós pensamos que a ideia ao dividir era depois reavaliar e dizer, a obstetrícia tem muito custo, porque tem poucos partos, o funcionário público está envelhecendo. Então vamos terceirizar a obstetrícia, pagamos os partos fora e acabamos com a obstetrícia. Acabou dividindo. Foi nomeado o Dr. Lippi e o Dr. Reginaldo continuou na ginecologia, e mais recentemente, há umas duas ou três semanas, o Dr. Lippi foi tirado do posto e foi nomeada a Dra. Maria Luiza. Inclusive agora ela está de férias. Nesse interim, nós tivemos uma reunião com a diretoria do hospital. Eles disseram que eles não queriam dividir, nem acabar com o serviço de obstetrícia. Nós dissemos que éramos contra. A ginecologia é o maior serviço do hospital e que não ia ser bom para ninguém essa divisão. Como o serviço funcionaria: o médico faz ginecologia aqui e a obstetrícia fora? Isso seria um absurdo. Então, a diretoria disse que ia analisar isso aí. Nós fizemos uma eleição no nosso serviço, de quem era contra ou a favor de manter esses serviços juntos ou separados. 50 pessoas votaram, 47 votaram para que seja um serviço único. Isso vai ser levado para a diretoria e nós esperamos que volte a ser um serviço só, com apenas um diretor e dois chefes de serviço, como era anteriormente. Tudo indica que eles devem aceitar, porque não tem argumento que é para fortalecer o serviço. O Serviço de plantão atende ginecologia e obstetrícia. Isso a longo prazo, não seria uma economia para o hospital. Acho que a finalidade seria acabar com a obstetrícia. Minha posição é contra a divisão. O Dr. Reginaldo era a favor da divisão. Apesar de ser diretor de serviço era a favor. Agora parece que mudou de opinião. O Dr. Lippi foi deposto e colocada a Dra. Maria Luiza, que está empolgada, trabalhando. Atualmente está de férias. Ela não faz questão que seja um serviço só. A diretoria escolheu. Era a pessoa mais antiga do serviço. E foi uma das poucas que se interessou.

Relacionamento com entidades

Temos um bom relacionamento com elas, mas precisamos fazer uma aproximação maior. Estamos agendando reuniões. Aqui temos uma política de discutirmos quaisquer entidades com qualquer bandeira política.

Eleição para o SIMESP

Vai ter eleição no sindicato esse ano. Isso é importante. Ele tem poder, tem legitimidade de contestar salário, valor de plantão, greve, etc. Tudo tem que ser apoiado pelo Sindicato. Não podemos fazer greve aqui se o Sindicato não apoiar. O Hospital, por exemplo, tem que ser avisado 72 horas se vamos entrar em greve. Então nós devemos participar da diretoria do Sindicato.

Relacionamento com a APM

Com relação a Associação Paulista de Medicina não sei se vocês viram, mas tem um totem ali na frente. Eles querem reatar a relação que tinham conosco. A ideia deles para quem é sócio ou se torne sócio é de oferecer alguma vantagem. Eles vão oferecer as sócios da AMIAMSPE uma assinatura digital gratuita, um seguro de incapacidade temporária e um prontuário eletrônico , para quem é sócio da APM, sem custo.

Novas atividades da AMIAMSPE

Pretendemos oferecer campeonato de xadrez. Temos todos os equipamentos desses jogos. Tivemos filmes aqui. Aí você pergunta: quem vem? Além das discussões, precisamos de outras atividades. A AMIAMSPE precisa voltar a ser um lugar de representatividade dos médicos. Precisamos oferecer aos médicos, a todos os médicos do hospital, pelo menos na primeira fase, um curso de ACLS. É impossível que os médicos que trabalhem nos plantões e no pronto socorro não tenham esse curso. Vamos fazer esse curso para quem atende urgências e emergências. Dentro de um hospital escola precisamos fazer isso.

Contrato de gestão

Dr. Lilia: Cada Diretor de Serviço deve fazer um contrato de gestão do serviço, baseado no histórico do Serviço. Tudo o que o serviço faz, as atividades que as pessoas têm, quantas consultas faz, quantas cirurgias, qual a complexidade, se faz algum serviço subsidiário, pela cardiologia, quantos ecos, eletros. Existe uma série de preocupação que nós médicos temos, para ser convidado a partilhar dessa gestão é de que, de repente, não se atinja a meta pretendida, como fica a nossa PPM? A nossa PPM vai ser penalizada porque o serviço não atingiu a meta pactuada?
.
Terceirizações

Público : as terceirizações já aconteceram maciçamente em outros hospitais. Porque não aconteceria aqui? Pergunto: porque isso não sai na mídia. E continua acontecendo. Porque não recorrer a APM, CCM?

Dr. José Eduardo: Você só consegue impedir como fizeram no laboratório. Quando eles quiseram terceirizar o laboratório, os funcionários pararam, fecharam o laboratório, fizeram movimento. Não terceirizaram, voltaram atrás. Legalmente eles podem fazer isso, é imoral, mas é legal.

Dra. Lilia: Realmente é legal. Não devemos pensar em somente defender o nosso emprego, de nos defendermos. Precisamos defender a questão da saúde do nosso paciente. A AMIAMSPE defende os bons médicos, devemos ter uma coesão. Estou fazendo o melhor, e ao mesmo tempo cobrar da administração melhorar. Na hematologia a Marli segurou a aposentadoria dela, até conseguir uma substituta, porque não tinha para quem passar.
Acho que devemos começar a reclamar. Temos déficit de enfermagem. A enfermagem nos ajuda muito. O paciente idoso, é dependente, precisa de muita ajuda. Um paciente de 70 ou 80 kg é difícil de locomove-lo para o leito e banheiro. Viram como se faz a movimentação? Só tem aquela maca que rola. O médico pega no muque. É preciso ver também o trabalho da fisioterapia, eles têm um trabalho enorme. Como você trabalha assim e todo mundo fecha os olhos

Outro médico: Problemas estruturais sempre existiram. Não acho que o contrato seja a grande ameaça. Antes de cobrarmos alguma coisa, devemos fazer a nossa parte. Com relação a gastro cirurgia particularmente ao contrato ele está embasado na média histórica do nosso desempenho dos últimos meses. Se demitirem dois médicos, temos que recalcular. Entendi que está aberto a discussão. Seria bom para nós esse contrato porque ninguém vai pedir para dobrarmos nossa produção, porque já dissemos que com aquele quadro produzimos aquele percentual.

Dra. Lilia: Acho que devemos ter as coisas muito claras. As coisas têm que ser claras. O contrato de gestão deve ter isso, aquilo etc.

Dr. Gerson: Será criada comissão técnica de acompanhamento e avaliação do contrato do programa, CTAA. Quem é que faz parte dessa comissão, que será formada por representantes da diretoria do hospital? Eu pergunto: Onde está a AMIAMSPE, que deveria estar aqui. A AMIAMSPE sempre participou. Como fazer uma avaliação deixando a diretoria contra um diretor de serviço. Precisamos discutir melhor isso.

Congresso Internacional no IAMSPE

Vai haver um congresso internacional organizado pela Regina Parisi e Lupinacci e é uma importante oportunidade para atualizar conhecimentos em doenças degenerativas. O Segundo Congresso Internacional “A saúde do Idoso”, no IAMSPE, estudará doenças oncológicas em idosos, bem como se inteirar de novas práticas na assistência hospitalar para essa faixa etária. O evento será de 8 a 10 de junho.

O Congresso, por outro lado, também tem a intenção de reunir o maior número possível de ex-residentes da instituição, sendo que para isso a organização do congresso está fazendo contato com os 3.500 colegas que passaram no programa desde a década de 1970.

O Dr. Lupinacci disse que o congresso vai ser aqui. E, quando avisado que os médicos do HSPE estão proibidos de participar de congresso, disse não sabia e que vai resolver isso. Nesses dias os residentes serão dispensados. E os médicos poderão ir, os serviços terão que se adequar.

Comunicação

Temos problema de comunicação. Não adiante ter WhatsApp se ninguém lê. Temos uma população aqui que não têm hábito, não gosta de acessar internet e voltaremos a fazer o boletim escrito. A Lilia conseguiu fazer um levantamento de cada serviço, de quem é sócio, quem não é, quantos médicos temos, idade desses médicos, para poder segmentar o nosso público. No final houve conversas paralelas sobre a renovação dos quadros da Amiamspe. Trazer pessoas mais jovens.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.

Para o topo




    Autorizo o contato por WhatsApp


    Estou de acordo com as Políticas de Privacidade do site (link abaixo do formulário)

    Ao enviar este formulário você concorda com a Política de Privacidade do site, onde descrevemos como são tratados os dados enviados.